O Egito declarou, esta quarta-feira, estado de emergência durante um mês em resposta à violência que alastra pelo país depois da repressão de manifestações de apoio ao presidente deposto Mohamed Morsi.Foi também declarado recolher obrigatório no Cairo e em outras 11 províncias.
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O estado de emergência, imposto em todo o território do Egito, entrou em vigor às 16.00 horas (15.00 horas em Portugal continental), anunciou a presidência egípcia num comunicado transmitido pela televisão estatal.
"Depois da presidência ter anunciado o estado de emergência, o recolher obrigatório será imposto entre as 19.00 horas locais (18.00 horas em Portugal continental) e as 06.00 horas locais (05.00 horas em Portugal continental) até nova ordem", indicou um porta-voz do governo designado pelo exército após a destituição e detenção do islamita Morsi em julho último.
O recolher obrigatório abrange o Cairo e as províncias de Guizeh, Alexandria, Beni Sueif, Minya, Assiout, Sohag, Beheira, Norte e Sul-Sinai, Suez e Ismailia.
A operação policial para desmantelar os dois maiores acampamentos de apoiantes do presidente deposto Mohamed Morsi, no Cairo, esta quarta-feira, causou um número ainda indeterminado de vítimas e originou confrontos em vários pontos do país.
O Ministério da Saúde indica 15 mortos e 203 feridos. A agência France Pesse contou 124 corpos só num acampamento. A Irmandade Muçulmana denuncia o "massacre" de 250 pessoas e cinco mil feridos.