A embaixada da Venezuela em Lisboa acusou a imprensa de divulgar informação errónea e omissa sobre a agitação civil na Venezuela.
Numa nota divulgada na terça-feira, a embaixada venezuelana indicou que as notícias divulgadas pela imprensa omitem "as ações de violência cometidas por grupos reacionários da extrema-direita venezuelana" e a cumplicidade de alguns presidentes de câmara da oposição.
Por outro lado, tenta-se atribuir a responsabilidade da violência "às autoridades venezuelanas, às forças de segurança públicas ou a grupos de base chavista, qualificando-os como `grupos armados pró-governo"", referiu a embaixada.
"Oculta-se o escasso apoio social que têm os atuais protestos contra o governo, fazendo crer que existem grandes manifestações em todo o país, transmitindo uma imagem de crise generalizada que não corresponde à realidade", refere a representação diplomática venezuelana.
De acordo com a nota, as guarimbas (barricadas) são "atos terroristas" impostos por "setores políticos antidemocráticos, que constituem os constantes apelos à derrocada violenta do Governo legitimamente constituído".
No comunicado desmente-se que as manifestações que há várias semanas agitam a Venezuelana sejam "protestos estudantis", como quer passar a direita e alguns meios de comunicação internacionais, já que das 1.529 pessoas detidas, somente 58 eram estudantes (36% dos detidos).
A embaixada indicou ainda que os sítios do Governo na Internet estão a ser alvo de ataques cibernéticos.
Dois organismos regionais -- a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União das Nações do Sul (UNASUL) - "manifestaram apoio à integridade democrática da Venezuela e rejeitaram qualquer ação contra a ordem constitucional venezuelana", referiu ainda a embaixada.
