O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, disse, sexta-feira, no Funchal que o regime político democrático em Portugal "está doente", o poder político "é fraco e está desacreditado" sugerindo uma renovação para fazer as mudanças necessárias.
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O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, dissertou sobre "A Reforma do Estado, Regionalização e Administração Pública e social -- Desafios Futuros" ", no painel "Autonomia, Evolução Constitucional e Europa" , coordenado pelo vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva integrado no congresso do PSD-M.
"Portugal está doente mas é o próprio regime democrático que está doente", disse. "Não conseguiremos seguramente melhorar o regime democrático e melhorar a situação do pais se nós não tivermos um poder politico credível e forte e aquilo que nós temos, realmente, é um poder politico desacreditado e um poder politico fraco", acrescentou Rui Rio.
"Quando digo poder político não estou a dizer os políticos ou as pessoas porque se o problema fosse mesmo das pessoas, troca-se as pessoas e tudo fica bem mas as pessoas já se trocaram muitas vezes ao longo de muitos anos, o problema, infelizmente, é muito mais de fundo", realçou.
Rui Rio manifestou-se favorável a uma regionalização no continente desde que a mesma não implique mais despesa para o Estado: "sou o adepto de que se discuta procurando uma regionalização que valha a pena".
"Eu não digo que se houvesse agora um referendo se votava sim ou não porque dependia do modelo. Há dez anos votei não e votaria não em qualquer circunstancia, hoje, não, estou disponível para votar sim em soluções que eu entenda em que com menos dinheiro se pode fazer melhor tomando também como o modelo o êxito que tiveram as actuais regiões autónomas", concluiu.
O XIII Congresso Regional do PSD-M que decorre até domingo vai reconfirmar a liderança de Alberto João Jardim e que contará com a presença do líder nacional do partido, Pedro Passos Coelho na sessão de encerramento.