Os cerca de trinta manifestantes que, desde sexta-feira passada, estão na praça do Rossio, em Lisboa, mantêm, esta sexta-feira, o protesto contra o "sistema" para "mudar Portugal e o mundo", distribuindo manifestos e abordando os transeuntes.
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Os "contestatários do sistema" continuam na manhã desta sexta-feira junto à estátua na praça D. Pedro IV, com várias bancas em redor do monumento a recolher assinaturas e a falar com as pessoas, mas sem prestar declarações à comunicação social porque a "revolução é de todos, e só lá está quem quer".
Os "resistentes" arrumaram os caixotes, cobertores e demais material de propaganda e criaram um espaço dedicado à criança, "para elas se manifestarem" com um quadro, um sofá, dois brinquedos e uma bóia em forma de golfinho, disse um dos presentes sem revelar o nome, porque "isso não é importante".
A assembleia popular marcada para as 19 horas desta sexta-feira aborda as revoltas árabes, o Fundo Monetário Internacional (FMI), a arte e cultura, o género e o sistema social e político, conforme um cartão colocado junto a uma mesa, para recolha de testemunhos e apoiantes.
Cartazes em espanhol e em português, bem como a bandeira da Islândia, país que declarou a bancarrota, ao lado da portuguesa, estão penduradas na base da estátua D. Pedro IV junto a um cartaz que diz "os nossos sonhos não cabem nas vossas urnas".
"A divida não é nossa" e "Yes we camp" (Sim, nós acampamos) são outros dos cartazes afixados na base do monumento.
Desde sexta-feira passada à noite que um grupo de portugueses e espanhóis estão reunidos na praça lisboeta, que prometem "não abandonar, pelo menos até às eleições", disse outro dos manifestantes.