O Presidente da República disse esta quinta-feira esperar que os portugueses queiram ser "curados" e que sejam capazes de responder aos desafios que foram colocados pela comunidade internacional, sublinhando que acredita que o país vai "vencer".
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Interrogado sobre o que quis dizer com a expressão "não há cura para aquele que quer ser curado" que proferiu, esta manhã, no discurso que fez na sessão solene na Câmara Municipal de Castelo Branco, Cavaco Silva recordou tratar-se de uma frase de um médico célebre do século XVI, João Rodrigues de Castelo Branco, o Amato Lusitano.
"Eu espero que nós queiramos ser curados e que sejamos capazes de responder aos desafios que temos à nossa frente", sublinhou o chefe de Estado, que falava aos jornalistas à entrada para um almoço no Conservatório Regional de Castelo Branco, inserido no programa de comemorações do 10 de Junho.
Frisando que acredita que os portugueses querem curar a "doença" que neste momento os afecta, o Presidente da República explicou que essa "doença" é "o grande desafio de responder aos desafios que foram colocados pela comunidade internacional".
"Eu penso que Portugal vai vencer", acrescentou.
Ainda relativamente à sua intervenção na sessão solene na autarquia de Castelo Branco, cidade que acolhe este ano as comemorações oficiais do 10 de Junho, Cavaco Silva disse que quis acima de tudo chamar a atenção de Portugal para esta região.
"Castelo Branco é uma cidade que tem feito um esforço notável de requalificação para aumentar a sua oferta cultural, a oferta de património histórico, mas ao mesmo tempo afirmar-se como um centro populacional, industrial e com capacidade de exportar produtos e valorizar aqueles que tem, em especial os produtos agrícolas", salientou.
Lembrando que Castelo Branco faz parte da Cova da Beira, região onde se produzem produtos de grande qualidade, Cavaco Silva aproveitou para uma vez mais apelar aos portugueses para que prefiram produtos produzidos em Portugal.
"Convido mais uma vez, nesta hora difícil do país, a que os portugueses não deixem de preferir os produtos nacionais", declarou.
Cavaco Silva adiantou ainda aos jornalistas que o seu discurso na sexta-feira, na sessão solene de comemoração do 10 de Junho, irá ser "uma intervenção de fundo", dirigida a "todo o país".
"Normalmente eu escolho um tema que nem sempre é muito valorizado ou não está na agenda política da altura, mas que é importante para o país", notou, pedindo para que o deixem manter "a incerteza" quanto ao tema.
"Eu escolhi só um tema para a intervenção que irei fazer amanhã", revelou apenas.