
Os acidentes rodoviários provocaram 937 mortes no ano passado, 196 dos quais faleceram nos 30 dias seguintes ao desastre, revela um relatório divulgado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, esta terça-feira.
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"Seis em cada 100 feridos graves acabam por falecer nos 30 dias subsequentes ao acidente", aponta a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
O número total de mortes resulta do "levantamento rigoroso" das pessoas que faleceram entre o momento do acidente e os 30 dias seguintes à sua ocorrência, dados contabilizados pela primeira vez em Portugal, no âmbito da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária 2008-2015.
Assim, às 741 vítimas que, em 2010, faleceram no local do acidente ou a caminho das unidades de saúde, foram adicionadas 196 pessoas que perderam a vida nos 30 dias seguintes ao acidente, explica a ANSR.
Daquelas 196 mortes, 162 foram inicialmente consideradas feridos graves e 34 feridos ligeiros.
Segundo a ANSR, a nova análise permite verificar um aumento de 53% de vítimas mortais no grupo etário de pessoas com mais de 65 anos relativamente aos valores registados pelo método anterior.
Em relação à natureza do acidente, o número de vítimas mortais resultante de atropelamentos foi 80,8% superior às registadas apenas no local do acidente ou durante o percurso até à unidade de saúde.
Com as novas contas registou-se também um acréscimo de 40% no número total de vítimas mortais registadas em meio urbano.
A ANSR concluiu que "o conhecimento das vítimas mortais a 30 dias é fundamental para o ajustamento mais rigoroso das políticas de segurança rodoviária à realidade nacional", tendo a entidade lançado a primeira de seis campanhas temáticas, dedicada aos "peões seniores".
