Ministro defende que Novas Oportunidades tem que ser avaliado em relação a empregabilidade
O ministro da Educação, Nuno Crato, defendeu que é preciso saber se o programa Novas Oportunidades ajudou realmente alguém a conseguir emprego ou subir na carreira.
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Actualmente, a avaliação das Novas Oportunidades é "muito limitada", indicou.
"É preciso saber o que serviu às pessoas, não só em termos de valor pessoal, mas profissional e de empregabilidade", defendeu Nuno Crato numa audição na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.
A tarefa, a par de outras avaliações da herança do Governo socialista, é "para meses", afirmou o ministro.
Na audição, Nuno Crato ouviu críticas quer do PCP quer do Bloco de Esquerda ao reforço dos exames ao longo do percurso escolar dos alunos.
Rita Calvário, do Bloco de Esquerda, criticou que a progressão nos estudos dependa dos exames, indicando que a opção do Governo por esse tipo de avaliação mostra "falta de confiança" no trabalho realizado pelos professores ao longo do ano.
Miguel Tiago, do PCP, afirmou que a "injustiça" dos exames é "evidente" enquanto o Governo não puder garantir "condições iguais", acrescentando que o Governo PSD/CDS-PP continua a política do PS, transformando "escolas em centros de formação profissional" e professores em "treinadores" de alunos para responder aos exames.
Por sua vez, Odete João, do PS, criticou a indefinição nas obras previstas para escolas do ensino secundário a realizar pela empresa Parque Escolar.