A porta-voz do Bloco da Esquerda, Catarina Martins, acusou este sábado o Governo de estar a "vender o país a privados" e criticou o "elevado número" de ajustes diretos que foram feitos nos últimos quatro anos.
Corpo do artigo
"Ainda esta semana assistimos a mais um a ajuste direto a um mês das eleições [subconcessão dos transportes públicos no Porto]. Os mesmos que tinham feito campanha em 2011 contra os ajustes diretos que tinham sido feitos pelo governo socialista", afirmou a porta-voz bloquista.
Catarina Martins, que falava esta noite em Loures, num jantar do Bloco de Esquerda (BE), referiu que na atual legislatura já foram gastos 8 mil milhões de euros em ajustes diretos, criticando aquilo que classificou como "negociatas".
No seu discurso, Catarina Martins voltou a criticar as privatizações, acusando o Governo de estar a vender setores estratégicos do país a privados por "tuta e meia" e referiu a intenção do BE em travar estes processos.
A porta-voz bloquista afirmou ainda que o BE se vai candidatar para "romper com a pobreza do país", acusando o Governo de ter contribuído para a destruição da economia e da "dignidade dos portugueses".
"Aquilo que temos visto tem sido uma dupla transferência de riquezas. Do país para o estrangeiro e de quem trabalha para o capital. Os abusos têm puxado para baixo a economia e esvaziado o nosso país", criticou.
Durante o jantar também interveio a deputada do BE Mariana Mortágua, candidata do partido pelo distrito de Lisboa, que voltou a acusar o Governo de estar a mentir no processo do Novo Banco, afirmando que os contribuintes portugueses irão pagar a falência do Banco Espírito Santo (BES).
