O Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP) suspendeu, no dia seguinte às eleições legislativas, o histórico dirigente Garcia Pereira, bem como mais três membros do comité central e o secretário-geral, Luís Franco.
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Com palavras muito duras para com estes cinco membros do partido, atribui-se, em comunicado, a perda de votos nas últimas eleições à "incompetência, oportunismo e anticomunismo primário" do secretário-geral e dos membros do comité permanente do comité central do PCTP/MRPP.
O partido não confirmou a identidade dos membros do comité central do partido que foram suspensos, mas a revista "Sábado" adianta que Garcia Pereira é um dos atingidos pela medida.
"Se nestas condições objetivamente favoráveis o Partido não alcançou nenhum dos objetivos políticos imediatos ao seu alcance (..) tal fica unicamente a dever-se à incompetência, oportunismo e anticomunismo primário do secretário-geral do Partido e dos quatro membros do comité permanente do comité central, que tudo fizeram para sabotar a aplicação do comunismo, do marxismo-leninismo, dos métodos de trabalho, do programa político e da linha de massas que sempre caracterizaram a vida e luta do Partido", pode ler-se num comunicado publicado no jornal "Luta Popular", o site do órgão central do partido.
Segundo o mesmo texto, cada um dos cinco membros suspensos terá de apresentar "o relatório sobre as respectivas actividades políticas e a autocritica quanto aos erros que cometeu na direcção do Partido".
O partido vai agora reunir um congresso extraordinário, marcado para os dias 29 e 30 de abril e 1 de maio de 2016.
"Viva o partido comunista operário! Morte aos Traidores!" são as duas frases que encerram o comunicado do PCT/MRPP.