Cientistas admitiram esta quarta-feira a possibilidade de existir um nono planeta, gigante e gelado, no Sistema Solar, com base em modelos matemáticos e simulações por computador, e não em observação direta.
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O corpo celeste, batizado como "nono planeta", terá uma massa cerca de dez vezes superior à da Terra e uma órbita 20 vezes mais afastada que a de Neptuno, oitavo planeta do Sistema Solar, e o mais externo, que gira em torno do Sol a uma distância média de 4,5 mil milhões de quilómetros.
O possível planeta, oculto pela órbita de Plutão, leva entre 10.000 a 20.000 anos para completar uma trajetória à volta do Sol, segundo os investigadores Konstantin Batygin e Mike Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos.
Plutão foi considerado, durante muito tempo, como o nono planeta do Sistema Solar, mas perdeu o estatuto, passado a planeta-anão, porque era demasiado pequeno.
O "nono planeta" terá uma massa cinco mil vezes maior à de Plutão.
De acordo com a dupla de cientistas, os planetas-anões são aparentemente afetados por uma força gravitacional que só pode ter origem num planeta oculto, um "perturbador massivo", como o "nono planeta".
A confirmar-se a existência de um nono planeta no Sistema Solar, através de observação com telescópios potentes, será o quinto maior, depois de Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.
A investigação foi publicada na revista Astronomical Journal.
