O Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu levar a julgamento 24 dos 26 arguidos do caso Universidade Independente, entre os quais Amadeu Lima de Carvalho, Luís Arouca e Rui Verde.
Amadeu Lima de Carvalho, alegado accionista maioritário da SIDES (empresa detentora da extinta UNI) estava acusado de mais de 40 crimes, incluindo branqueamento de capitais, burla qualificada, corrupção e fraude fiscal.
À semelhança de outros arguidos, Lima de Carvalho chegou a estar preso preventivamente no decurso da investigação.
No rol de arguidos está também o antigo reitor da UNI Luís Arouca, o ex-vice reitor Rui Verde, o antigo presidente da instituição António Labisa, assim como Rui Martins e Elsa Velez, ligados à contabilidade da SIDES, empresa proprietária da UNI.
Rui Verde também chegou a estar preso preventivamente no âmbito deste processo.
À saída do tribunal, Rui Verde não se manifestou preocupado com a decisão de ir a julgamento. Disse ainda aos jornalistas que o crime de associação criminosaé "um crime de catálogo" e que a Comunicação Social "vai ficar surpreendida com o desfecho" do processo.
Em Fevereiro de 2009, após uma investigação iniciada em 2006, o Ministério Público (MP) acusou 26 arguidos por crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificada, falsificação de documento, burla qualificada, corrupção activa/passiva e branqueamento de capitais, entre outros ilícitos.
O MP, em representação do Estado, deduziu ainda um pedido de indemnização cível contra cinco arguidos, de montante superior a um milhão de euros.
Após rebentar o caso, a UNI foi encerrada compulsivamente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
*Com Agência Lusa
