A segunda adolescente envolvida na agressão a uma jovem de 13 anos vai ficar internada no Intituto Tutelar de Menores durante três meses. A decisão será reavaliada ao fim de dois meses.
Corpo do artigo
A jovem, de 15 anos, foi presente, esta terça-feira de manhã, ao Tribunal de Menores e Família de Loures, na sequência das agressões a uma outra jovem publicadas na rede social Facebook.
A jovem vai ficar internada no Instituto Tutelar de Menores durante três meses, segundo a decisão do referido organismo judicial.
O JN soube que o tribunal podia ter decidido manter a jovem internada até ao julgamento, o que poderia acontecer durante mais de seis meses.
No entanto, os magistrados optaram pela medida de internamento de três meses com a revisão ao fim de dois, o que significa que a jovem de 15 anos poderá sair em liberdade findo esse período de tempo.
Uma das jovens agressoras está em prisão preventiva desde sábado por homicídio tentado e ofensas à integridade física, segundo Polícia Judiciária.
O Ministério Público fez, no sábado, a apresentação dos arguidos ao juiz de instrução criminal para determinação das medidas de coação a uma das agressoras da adolescente e ao alegado autor do vídeo.
O juíz considerou tratar-se de um crime de extrema violência, com especial censurabilidade.
A prisão preventiva justifica-se com alarme social, forte perigo de continuação de actividade criminosa e antecedentes criminais.
"No caso da violenta agressão praticada por duas jovens contra outra jovem de 13 anos de idade, filmada por outro jovem e divulgada através do Facebook na sequência da instauração de processo-crime no dia 25 de Maio, o MP do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP) com a coadjuvação da PSP ordenou a realização de todas as diligências urgentes para a recolha de provas, identificação dos autores do crime e protecção da ofendida", referia o DIAP numa nota divulgada na sexta-feira.
O vídeo, que já foi retirado da página do Facebook, mostra duas jovens a agredirem uma terceira, de 13 anos, à chapada e ao pontapé perante a passividade de outros adolescentes.
A vítima chega mesmo a ser deitada ao chão e aí são-lhe dados pontapés em várias partes do corpo, incluindo na cabeça.