O PCP disse esta sábado que ao admitir que Portugal poderá não regressar aos mercados em 2013, o primeiro-ministro está a mostrar "o rumo de desastre" para o país das medidas de austeridade impostas aos portugueses.
Corpo do artigo
Em declarações à Lusa a propósito da entrevista ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, publicada no jornal alemão "Die Welt", o membro da comissão política do PCP Jorge Cordeiro assinalou que se trata da prova do "rumo de desastre para o país e os portugueses" a que conduziram as políticas do executivo de maioria PSD/CDS-PP.
Na entrevista, Passos Coelho admite que Portugal pode não regressar aos mercados em 2013, lembrando que que se for necessário está garantida a ajuda financeira do FMI e da UE.
No comentário às palavras de Passos Coelho, Jorge Cordeiro acusou o Governo de a pretexto do programa de assistência financeira estar a aumentar "a exploração, a empobrecer o povo e a retirar direitos", como aconteceu com os cortes nos subsídios de Natal e de férias dos funcionários públicos e pensionistas.
Jorge Cordeiro salientou ainda que a entrevista do primeiro-ministro a um jornal alemão torna ainda mais atual a proposta que o PCP apresentou na quinta-feira para a renegociação urgente da dívida, pois só dessa forma será possível criar condições para "libertar o país do colete de forças que só traz mais e mais dificuldades".