Seguro exige outra atitude ao Governo para Portugal "ser tratado em pé de igualdade"
O secretário-geral do PS, António José Seguro, exigiu este domingo ao Governo uma outra atitude, "mais proactiva e positiva", para Portugal ser tratado em pé de igualdade com todos os Estados membros da União Europeia.
"As informações que hoje nós temos exigem da parte do Governo português uma outra atitude, mais proactiva, mais positiva, no sentido de Portugal ser tratado em pé de igualdade com todos os Estados da União Europeia", disse o líder do PS.
António José Seguro falava aos jornalistas em Aljustrel, durante uma visita à Feira do Campo Alentejano, após ter sido questionado sobre implicações para Portugal do pedido de ajuda financeira do Governo espanhol para sanear o sistema bancário de Espanha.
Antes, António José Seguro já se tinha escusado a reagir às declarações prestadas este domingo pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a propósito do pedido de ajuda financeira do Governo espanhol.
Em declarações aos jornalistas, domingo de manhã, à saída da sessão solene comemorativa do Dia de Portugal, em Lisboa, Pedro Passos Coelho tinha afirmado que "não há nenhuma razão para pedir novas condições para Portugal", na sequência da ajuda a Espanha para recapitalização da banca espanhola.
O primeiro-ministro tinha afirmado também ter a certeza de que, se houver "alguma condição excecional" na ajuda a Espanha, ela será partilhada com os outros países da União Europeia sob assistência financeira.
"Sobre essa matéria, já disse tudo o que tinha a dizer hoje de manhã" à saída da sessão solene comemorativa do Dia de Portugal, em Lisboa, limitou-se a dizer António José Seguro em Aljustrel.
Na ocasião, o líder do PS tinha exigido que o Governo negoceie um tratamento para Portugal nas mesmas condições que Espanha está a beneficiar, sublinhando a necessidade de a União Europeia tratar todos os Estados membros em "pé de igualdade".
António José Seguro lembrou que, antes de Espanha ter anunciado o pedido de ajuda, já tinha manifestado a sua apreensão em relação à situação no país vizinho, "por haver uma interdependência muito grande em termos económicos", já que cerca de 25% das portuguesas vão diretamente para Espanha.
