"O primeiro-ministro sabe que esta é uma fronteira que não posso deixar passar", afirmou ao princípio da noite deste domingo o presidente do CDS e ministro dos Negócios Estrangeiros, assumindo que não concorda com a contribuição de sustentabilidade sobre as pensões, cuja introdução Passos Coelho anunciou na passada sexta-feira.
Corpo do artigo
Numa declaração de cerca de meia hora, Paulo Portas pronunciou-se pela primeira vez sobre o novo pacote de cortes, garantindo que vai bater-se junto da troika para que aquela contribuição, que a Comunicação Social tem designado como "TSU dos pensionistas", não seja adotada. "Queremos todos no Governo uma sociedade que não descarte os mais velhos", afirmou, notando que Portugal dispõe de alguma margem de manobra. Isto porque o conjunto de medidas agora tornado público representa 4,8 milhões de euros de poupanças, quando a troika exige um valor inferior a quatro mil milhões Portas assumiu ter-se envolvido na conceção da maior parte das medidas, como o aumento do horário de trabalho semanal da Função Pública para 40 horas.
Reconheceu que, excetuando a que onera os pensionistas, merecem a sua concordância. Mas não deixou de dar a entender que influenciou a alteração operada em relação às reformas. O momento em que os trabalhadores passam a ter direito a reforma por inteiro fixou-se em 66 anos, quando inicialmente tinha sido noticiada a intenção do Governo de o passar para os 67.