Sócrates acusa "direita" de fazer campanha "imbecil" e de "ódio" nas Europeias

António José Seguro com José Sócrates
Leonardo Negrão/Global Imagens
O ex-primeiro-ministro José Sócrates acusou, esta sexta-feira, a coligação PSD/CDS de ter feito uma campanha de "ódio" e de "imbecilidade", considerando que perdeu "a vergonha, a decência a educação e o respeito democrático".
José Sócrates falava à chegada ao tradicional almoço da Trindade, depois de confrontado com as críticas que a Aliança Portugal lhe fez, responsabilizando-o diretamente pela "bancarrota" de Portugal em 2011.
"A direita política quis transformar esta campanha numa campanha de ódio e de imbecilidade. Ao longo desta última semana, foi aliás difícil de distinguir os momentos mais de ataque pessoal, mais de ódio dos momentos mais imbecis", reagiu o ex-líder socialista.
Segundo Sócrates, nesta campanha europeia, "quer o país, quer a Europa, precisavam de uma boa discussão, mas a direita política perdeu a vergonha, a decência, a educação e o respeito pelos outros que é essencial à vida democrática".
"Mas tenho uma surpresa para eles [direita política]: Vão também perder as eleições. Esta direita desceu ao ataque pessoal rasteiro e mesquinho", declarou José Sócrates.
O ex-primeiro-ministro José Sócrates afirmou, na ocasião, que apenas estará presente no almoço socialista da Trindade, não descendo o Chiado, não por medo do povo de "direita", mas porque entende que essa ação é para os candidatos.
"Quero esclarecer que venho apenas para um almoço e não vou fazer nenhuma descida do Chiado, porque isso é para os candidatos do PS", alegou.
Interrogado se não desce o Chiado por receio da reação popular, o ex-chefe do Governo contrapôs imediatamente: "Eu nunca tive medo de nada".
"Não tenho medo da direita e muito menos dos insultos da direita", reagiu.
José Sócrates, que chegou ao almoço da Trindade acompanhado pelo eurodeputado socialista cessante Capoulas Santos e pelo deputado do PS André Figueiredo, frisou que não tem neste momento qualquer responsabilidade política no seu partido.
"Não tenho nenhuma responsabilidade política, nem quero regressar à vida política. Não estou em campanha, a não ser para apoiar o meu partido. Venho aqui como mero militante do PS", justificou.
