As autoridades norte-americanas recorreram da recente recusa do Tribunal da Relação de Lisboa em extraditar o norte-americano George Wright.
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Vaz das Neves, presidente da Relação, precisou em declarações à Lusa que o recurso deu entrada, esta terça-feira, no Tribunal da Relação de Lisboa, através do advogado Rui Patrício, que representa os Estados Unidos neste processo.
Contacto pela Lusa, Rui Patrício não quis prestar declarações, embora tenha confirmando que é o mandatário dos EUA neste processo.
O Tribunal da Relação de Lisboa recusou a 17 de Novembro a extradição do norte-americano George Wright tendo o Ministério Público ficado ao lado da defesa de George Wright, que tem nacionalidade portuguesa, defendendo a sua não extradição para os Estados Unidos.
Fontes judiciais adiantaram à Lusa que o recurso apresentado hoje rebate os vários fundamentos da decisão de não extraditar George Wright, incluindo a questão da nacionalidade e da prescrição dos crimes.
Detido a 26 de Setembro pela Polícia Judiciária (PJ) e procurado há 41 anos pelas autoridades norte-americanas, George Wright, de 68 anos, vivia em Portugal com o nome de José Luís Jorge Santos. Opôs-se à extradição para os EUA (de onde fugiu há 41 anos) em defesa apresentada junto da Relação de Lisboa, que acabou por ser decidida favoravelmente.
Wright foi condenado pelo homicídio, em 1962, de Walter Patterson, o proprietário de uma bomba de gasolina em Wall, Nova Jérsia.