Professor agredido por três homens está de baixa psiquiátrica e apresentou queixa na PSP

O professor de matemática agredido à frente da Escola Padre António Luís Moreira, nos Carvalhos, Vila Nova de Gaia, está de baixa psiquiátrica e apresentou uma queixa por agressão na PSP.
"O professor agredido está de baixa psiquiátrica", disse à Lusa fonte do Conselho Executivo da Escola Padre António Luís Moreira, adiantando que toda a classe docente daquela instituição escolar está "muito consternada" com o episódio de violência.
O professor Mário J.S., de 63 anos, que expulsou uma aluna da sala de aula por estar a perturbar a lição na terça-feira de manhã, foi agredido posteriormente com murros e pontapés à frente da escola por alegados familiares da estudante do 5.º ano.
A escola do professor de matemática agredido tem em curso um processo de averiguações para perceber se há "uma relação direta entre a expulsão da aluna da sala de aula e as agressões ao docente".
O professor agredido apresentou uma queixa por agressão na PSP de Vila Nova de Gaia e o processo segue agora para o Ministério Público, organismo que vai decidir quem vai proceder à investigação policial.
A Federação Nacional da Educação (FNE) classificou, esta quinta-feira, de "extremamente preocupantes" as agressões a professores, defendendo medidas urgentes de penalização dos agressores e de responsabilização das famílias pelo comportamento dos alunos.
O professor de matemática foi agredido ao início da tarde de terça-feira quando se preparava para entrar no estabelecimento de ensino e teve de ser transportado para o Hospital de Gaia, tendo tido "alta médica pelas 18.07 horas" do mesmo dia.
Segundo o bombeiro José Pereira, a vítima de agressão apresentava ferimentos no rosto, uma informação confirmada por uma professora da Escola EB 2/3 Padre António Luís Moreira, que presenciou a agressão, mas preferiu manter-se no anonimato por medo de retaliações dos agressores.
No final da agressão, a estudante que tinha sido expulsa da sala de aula pelo professor de matemática, entrou na viatura com os três indivíduos.
O Ministério da Educação e Ciência já veio condenar "veementemente" a agressão ao professor e considerou "totalmente inadmissíveis e intoleráveis agressões verbais e físicas a professores, funcionários ou alunos".
