A ministra da justiça garantiu, esta quinta-feira, que a Policia Judiciária vai manter-se independente dos restantes órgãos de polícia criminal, rejeitando, assim, a proposta eleitoral do PSD que preconizava a fusão daquela polícia com a PSP e o SEF.
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"Recuso por completo a possibilidade de uma polícia única com ou a partir da PJ", afirmou Paula Teixeira da Cruz, na sessão abertura do III Congresso da Investigação Criminal, que decorre na Figueira da Foz, até amanhã, sexta-feira.
Numa mensagem muito aplaudida pela plateia, a ministra insistiu que "a PJ é independente dos restantes órgãos de polícia criminal e não será fundida num corpo único de polícia".
No seu programa eleitoral, o PSD propunha a criação de um sistema dual, juntando PJ, PSP e SEF, e deixando independente a GNR. Após a tomada de posse do atual governo, nenhuma medida foi tomada para concretizar aquele plano e, no congresso da PJ, a ministra tratou de desfazer todas as dúvidas sobre o seu desacordo com ele.
A ministra proferiu palavras muito elogiosas sobre os resultados do trabalho da PJ nos últimos quatro anos, em que a polícia tem sido dirigida por Almeida Rodrigues, um inspetor de carreira que foi nomeado pelo primeiro governo de José Sócrates.
"A direção está em funções e com toda a minha confiança", limitou-se a responder Paula Teixeira da Cruz, à saída do congresso, quando questionada sobre se pretende manter ou substituir a atual direcção da PJ.