A conhecida cantora Adelaide Ferreira poderá vir a ser notificada nas próximas semanas, a pedido da Polícia brasileira, na sequência de um alegado crime de aborto praticado por uma filha menor da artista, com 15 anos, no Brasil.
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A informação foi dada, este sábado, na edição online e impressa do jornal "A Gazeta", publicado em Cuiabá, Mato Grosso, onde o crime terá sido praticado. A cantora está indiciada por cumplicidade, segundo as investigações realizadas pela Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso, mas a jovem negou a participação de qualquer outra pessoa.
O JN contactou, este sábado, Adelaide Ferreira para que a artista comentasse a notícia, mas o telemóvel da cantora foi atendido por uma amiga, que, sem comentar a informação veiculada pela "Gazeta", adiantou que Adelaide Ferreira "só poderá falar dentro de uma semana, por estar a tratar de assuntos pessoais". O JN contactou, também, uma familiar de Adelaide Ferreira, mas não obteve resposta. Foram igualmente enviadas mensagens escritas.
Segundo o artigo de "A Gazeta", e de acordo com o auto de notícia da Polícia brasileira a que o JN teve acesso e cujas investigações estão a cargo do delegado Paulo Araújo, os factos ocorreram no dia 4, depois da filha de Adelaide Ferreira ter dado entrada no Hospital Julio Muller, em Cuiabá, com hemorragias, após ter tomado medicamentos para abortar, comprados pela Internet.
A jovem de 15 anos tinha ficado grávida de um jovem de 21 anos, com quem namorava há "mais de doze meses", tendo ambos chegado a residir na casa da jovem, em Cascais. No dia 28 de outubro do ano passado, o casal foi para Cuiabá, ficando a residir na casa da mãe do namorado, que é enfermeira no Júlio Muller.
A interrupção da gravidez terá sido praticada na referida habitação e o medicamento comprado por 50 dólares. O hospital comunicou o caso à Polícia, que já enviou uma carta rogatória às autoridades portuguesas, para interrogatório a Adelaide Ferreira.