Adelaide Ferreira arrisca quatro anos de prisão por suspeita de encobrir aborto
Adelaide Ferreira arrisca uma pena de quatro anos de prisão no Brasil. Interrogada na quarta-feira à tarde pela Polícia Judiciária de Mato Grosso, a cantora é suspeita de ter encoberto o aborto da filha de 15 anos.
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A jovem está numa casa de apoio em Cuiabá, desde que deu entrada, a 4 de janeiro, com hemorragias, no hospital, após ter ingerido quatro comprimidos de um medicamento abortivo comprado pela Internet.
Adelaide Ferreira afirmou que desconhecia a gravidez da filha, que viajou em setembro para o Brasil com o namorado de 21 anos. A viagem foi uma prenda da cantora pelas boas notas tiradas pela filha na escola.
A assessoria da Polícia Judiciária informa que a atriz negou ainda que a jovem já estivesse grávida quando aterrou no Brasil.
O delegado Paulo Araújo não acredita no testemunho da artista. Garante que há provas da conivência de Adelaide Ferreira, nomeadamente os testemunhos da filha, do namorado e da mãe do namorado, alegando que esta tinha conhecimento da situação.
"Os próprios esclarecimentos dos três - a adolescente, o namorado e a mãe dele - já indicam que a mãe da menor [Adelaide] tinha conhecimento. Mãe, filha e o namorado conversaram várias vezes via MSN webcam", afirmou o delegado.
Em declarações prestadas no dia 11 de janeiro deste ano, a filha de Adelaide admitiu em depoimento à polícia que engravidara do namorado brasileiro, ao contrário do que dissera anteriormente, quando informou que o pai era um "namoradinho", que estava em Portugal.
O namorado da adolescente, de 21 anos, e a mãe dele também responderão pelo crime de aborto com consentimento da gestante, cuja punição prevista no Brasil são quatro anos detenção.
A menor responderá por ato infracional de aborto provocado e poderá ter de cumprir medida socioeducativa no Brasil. A decisão caberá ao Juizado da Infância e da Adolescência de Mato Grosso.
O processo policial agora seguirá para análise do Ministério Público de Mato Grosso, que decidirá se acusará, ou não, os indiciados.