O Tribunal Criminal de Lisboa absolveu, esta sexta-feira, os três arguidos do processo Cova da Beira dos crimes de corrupção e branqueamento de capitais, após o Ministério Público ter pedido, nas alegações finais, a sua condenação, com pena suspensa.
Os juízes das varas criminais de Lisboa decidiram absolver o engenheiro António José Morais, a arquiteta Ana Simões e o empresário Horácio Carvalho, no processo relacionado com a construção da central de compostagem da Cova da Beira.
O julgamento do processo iniciou-se em setembro de 2012. O caso remonta a 1996, quando a Associação de Municípios da Cova da Beira escolheu a empresa Ana Simões & Morais, para a assessorar no concurso público.
Ana Simões e António José Morais eram arguidos por suspeitas de terem recebido dinheiro de Horácio Luís de Carvalho, dono da empresa HLC, que veio a ganhar o concurso, no valor de 12,5 milhões de euros, para a construção de um aterro, em 1997, depois de ter sido excluída no início do concurso e, posteriormente, readmitida.
José Sócrates, que na altura dos factos era secretário de Estado do Ambiente, afirmou não ter tido qualquer influência na escolha da empresa Ana Simões & Morais, para prestar consultoria, nem na escolha da HLC, para construir o aterro.
