O presidente da Académica - Organismo Autónomo de Futebol foi absolvido do crime de difamação agravada, esta segunda-feira à tarde, no Tribunal de Condeixa-a-Nova.
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José Eduardo Simões, recorde-se, foi julgado por ter sugerido, há dois anos e meio, em audiência de julgamento, que José Luís Trindade - magistrado do Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra que conduziu um inquérito em que o dirigente desportivo foi julgado e condenado por corrupção - tinha sido a fonte de notícias sobre as buscas policiais em casa do líder da Académica, quando o caso estava sob segredo de justiça.
Após a queixa do magistrado do DIAP, que se sentiu ofendido/lesado face às suspeitas lançadas pelo dirigente desportivo, o Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra viria a desvalorizar as declarações do presidente da Académica e a arquivar o processo. Mas um recurso levou-o até ao Tribunal da Relação de Coimbra que, já este ano, decidiu remeter o caso para julgamento.
O processo correu termos em Condeixa-a-Nova pelo facto de o procurador José Luís Trindade estar colocado na comarca de Coimbra.
À saída do tribunal, após a leitura da sentença, José Eduardo Simões aceitou falar aos jornalistas, bem como ser filmado/fotografado. Contudo, acabou por apresentar um comportamento estranho, ao rodar o corpo de tal maneira rápido, encetando depois uma descida apressada das escadas, que acabou por impedir a captação de imagens e som.
Já à saída do edifício, o presidente da Académica abriu os braços e colocou ambas as mãos na porta, tentando impedir a passagem de alguns jornalistas. Um deles, ao furar o "bloqueio", acabou por ver a sua máquina fotográfica levar uma "chapada" desferida por Simões.