A Federação Nacional dos Professores promete levar, esta quinta-feira, milhares de docentes para a rua, em Lisboa, contra as políticas do Governo, que considera responsáveis pela degradação do ensino e da vida dos profissionais do setor.
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O protesto pretende expressar a indignação dos professores com medidas que afirmam elevar o desemprego para níveis históricos. O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira, diz mesmo que o Governo prepara o maior despedimento coletivo de sempre.
A FENPROF critica a reorganização da rede escolar, nomeadamente a criação de 150 "mega-agrupamentos", estimando que sejam retirados 25 mil horários aos professores.
Diz a estrutura sindical que ficarão sem trabalho "praticamente todos os professores" contratados.
De acordo com dados da Direção-Geral de Estatística da Educação e Ciência, publicados em junho, havia no ano passado 35976 professores contratados nas escolas públicas do continente: 22099 no 3.º Ciclo e Secundário, 8617 no 2.º Ciclo, 4033 no 1.º Ciclo e 1227 no pré-escolar.
A maior estrutura sindical de professores contesta também o aumento do número de alunos por turma e a revisão curricular, além dos cortes salariais e de subsídios de férias e de natal aplicados ao setor público.
Os professores vão concentrar-se no Rossio e desfilar até à Assembleia da República.