Duas viaturas de combate a incêndios ficaram completamente destruídas durante um fogo de grandes proporções, nesta terça-feira, em Carvalho de Egas, Vila Flor, Bragança. Dez bombeiros tiveram de fugir das chamas. Um adjunto de comando ficou ferido, com queimaduras no rosto.
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Na altura em que os veículos começaram a arder, estavam no interior dez bombeiros, cinco em cada viatura. Os homens foram surpreendidos pela direcção das chamas e, quando se aperceberam de que estavam a ficar cercados, e com a situação a ficar incontrolável, abandonaram os carros, que ficaram destruídos. As tentativas para suster as chamas revelaram-se infrutíferas.
"Era uma frente de grandes proporções, com chamas muito altas e muito fortes que quase impediram a fuga dos efectivos", acrescentou uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS). Os bombeiros conseguiram fugir e resguardaram-se em locais "que ainda tinham alguma segurança, apesar de a situação ser perigosa". O adjunto de comando da corporação de Vila Flor sofreu queimaduras no rosto. O bombeiro foi transportado ao hospital para receber tratamento médico.
Os carros de combate, um Baribbi da corporação dos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros, e um Iveco dos Voluntários de Vila Flor, ficaram totalmente calcinados. A perda total das viaturas representa um grande prejuízo para as corporações, pois cada uma custa cerca de 120 mil euros.
Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro, o incêndio deflagrou às 13.40 horas, foi combatido durante a tarde por equipas terrestres e helitransportadas, 60 bombeiros, 4 GIPS e 16 veículos operacionais de várias corporações de Bragança.
Máquina foi decisiva
Cerca das 22 horas, foi accionado para o local um veículo de comando e comunicações, mas meia hora depois o fogo continuava por dominar e tinha uma frente activa, onde trabalhavam 72 homens, entre bombeiros e GIPS, apoiados por 24 viaturas.
O fogo ainda não está ainda extinto, mas está quase controlado, após a utilização de uma máquina de rasto dos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros, com a qual, explicou João Venceslau, comandante desta corporação, "cortámos a cabeça do incêndio".