Caroline Lovell teve uma paragem cardíaca enquanto dava à luz a filha, Zahra, em casa, em Melbourne, na Austrália. A morte reacendeu o debate sobre os partos naturais em casa.
Corpo do artigo
A australiana defensora dos partos em casa, Caroline Lovell, morreu ao dar à luz a filha. Tinha 36 anos e morreu devido a complicações cardíacas que surgiram durante o parto em casa, da sua segunda filha.
Ainda foi conduzida a um hospital, mas já nada foi possível fazer por Caroline Lovell, activista que lutou pela liberdade das mulheres para escolherem o local do nascimento dos filhos.
Lovell tinha assegurado todos os preparativos para que o parto decorresse de forma normal em casa. Teria corrido normalmente, se o coração de Caroline não tivesse parado durante o trabalho de parto.
Os médicos foram chamados a casa, mas quando chegaram o estado de Caroline Lovell era já "muito grave", escreve o "Daily Mail".
Segundo uma das parteiras que assistiu ao parto, uma hemorragia terá estado na origem das complicações. As causas da morte de Caroline Lovell estão a ser investigadas pelas autoridades.
A australiana pressionou durante anos o governo australiano para conseguir ajudas estatais para as mulheres que quisessem ter os filhos em casa. "A vida ficará em perigo sem o apoio por parte do Estado a parteiras formadas", escreveu numa das cartas que dirigiu ao Governo.
"Pessoalmente, sinto-me surpreendida e envergonhada pelo parto em casa não ser uma livre escolha da mulher que quer dar à luz no seu lar", acrescentava.
Desde 2009, protagonizou diversas queixas e escreveu muitas cartas ao Governo australiano, solicitando a regulamentação, financiamento e protecção legal das parteiras, à semelhança do que sucede em alguns países.