A intensa atividade da região solar 1429 pode afetar indiretamente a vida na Terra, obrigando a desviar alguns voos ou perturbando o funcionamento de aparelhos elétricos e eletrónicos. O alerta vem da NASA, após 13 erupções solares em 48 horas.
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Nas últimas 48 horas, os astrónomos registaram 13 erupções solares de grande intensidade que alcançaram a atmosfera terrestre durante a madrugada desta quarta-feira. Uma destas é considerada a segunda maior de todo o ciclo solar entre as que estão orientadas para a Terra, ao registar X5.4, numa escala em que X é o nível mais alto.
Um número que quase duplica a intensidade da erupção X2.2, de fevereiro de 2011 e se aproxima no nível X6, alcançado em agosto do ano passado.
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Segundo dados do Observatório do Clima Espacial da NASA, o Solar Dynamics Observatory (SDO), a massa da coroa do Sol libertada por estas erupções pode atingir a Terra indiretamente.
A Agência Espacial norte-americana considera que há um aumento do risco biológico para os astronautas, passageiros e tripulações de voos a grande altitude, sem especificar.
Os especialistas consideram que esta situação "levará provavelmente" ao desvio de algumas rotas e à tomada de outras medidas preventivas.
Segundo o SDO, a região solar 1429, ejetou, desde a erupção X1.1, de domingo, outras nove radiações solares, de nível imediatamente inferior ao X, o M, assim como algumas equiparáveis, de nível C9.9, C9.6 e C9.3.
Os efeitos da erupção X1.1 de domingo começaram a ser sentidos na Terra a partir da madrugada desta quarta-feira. A Agência Meteorológica norte-americana (NOAA, na sigla original) prevê alguma agitação geomagnética para as próximas horas, nas latitudes mais altas do planeta, e tomou algumas precauções, não especificadas, com os seus satélites.
Esta explosão de partículas, que viajam a uma velocidade de 6,44 milhões de km/h, poderá afetar a distribuição de eletricidade, as comunicações por satélite, os sistemas GPS e levar mesmo as companhias aéreas a alterarem as rotas dos aviões para evitar as regiões polares.