
Os cientistas esperam fazer progressos na reparação ou substituição de orgãos
DR
Uma equipa de cientistas dos EUA juntou células do coração de um rato a um pedaço de silicone. Acrescentaram eletricidade e água salgada e criaram uma medusa artificial, que se move como a semelhante do mundo animal.
Corpo do artigo
Cientistas dos EUA conseguiram replicar uma medusa utilizando células do coração de um rato dispostas num pedaço de silicone. Para animar a "medusa", recorreram à electricidade. E tal como a sua semelhante no mundo animal, a medusa artificial, ou a medusóide, nada através de contrações no corpo em forma de sino.
A equipa já conhecia os movimentos que a medusa utiliza para se deslocar, precisando apenas de descobrir como replicar este comportamento recorrendo a materiais de laboratório.
Os cientistas começaram por fazer uma forma semelhante à medusa utilizando silicone, um material robusto e flexível que se assemelha às características do animal. Depois fizeram criação de células de rato na forma e envolveram-nas num material elástico, o elastómero.
Para dar movimento à medusóide, esta foi mergulhada numa solução salgada para a qual foi enviada uma corrente eléctrica que animou as células, fazendo com que a forma "ganhasse vida" e nadasse.
[Youtube:gfC3eVjmpfo]
"Copiar a natureza, mas não em demasia" é o lema dos investigadores. "Alguns engenheiros constroem coisas utilizando cimento, cobre e ferro - nós construímos coisas a partir de células", disse Kevin Kit Parker, da Universidade de Harvard, citado pela "Wired".
Com este avanço, os cientistas acreditam poder descobrir agora formas mais eficazes de corrigir ou mesmo substituir válvulas do coração que tenham problemas.
O objetivo da experiência é contribuir para que, no futuro, se possa melhorar a criação de corações artificiais, e até mesmo outros orgãos.
