Seia cria equipa multidisciplinar para responder às necessidades das populações afetadas pelo fogo
A Câmara de Seia anunciou, esta terça-feira, a constituição de uma equipa multidisciplinar, para analisar e responder às necessidades das pessoas e freguesias afetadas pelo incêndio de grandes proporções que atinge o concelho.
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Segundo uma nota da autarquia presidida por Carlos Filipe Camelo, a equipa surge com o objetivo de proceder "ao levantamento dos prejuízos, como também de encontrar respostas e mecanismos que minimizem os impactos decorrentes deste flagelo, com especial incidência para aqueles que têm diretamente a ver com as pessoas e a sua condição de vida e bem-estar".
A equipa deverá congregar o Serviço Municipal de Proteção Civil, o Gabinete Técnico Florestal, os Serviços Sociais, bombeiros, Juntas de Freguesia e outros agentes locais de proteção civil.
A nota enviada à agência Lusa também refere que a autarquia vai solicitar uma audiência à ministra da Agricultura e Ambiente, que tutela o setor das florestas, alegando que "o Governo não pode continuar, ano após ano, a ignorar este problema e a circunscrever a sua ação" ao combate dos fogos florestais.
"É preciso um plano de ação e uma estratégia porque, a continuarmos assim, todos os investimentos que por aqui se façam, perdem a sua eficácia. É necessário agendar medidas urgentes de sustentação de solos, no pós incêndio, bem como estabelecer um plano a médio prazo de recuperação dos setores agrícola, florestal e turístico que vão sair enormemente debilitados desta catástrofe", refere o autarca de Seia no documento.
Nos próximos dias, após conclusão dos relatórios preliminares, será também agendada uma reunião da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, "tendo em vista analisar todas estas problemáticas", adianta.
A Câmara Municipal mantém uma linha telefónica de emergência (238 312 112) e os vários serviços "estão disponíveis para responder rapidamente às solicitações que se venham a verificar", é indicado.
A autarquia tem vindo a assegurar o abastecimento de água às localidades afetadas pelo fogo e está já a proceder à substituição de vários troços de tubagem da rede pública, ardida durante o incêndio, tendo em vista a reposição da normalidade.
Os serviços sociais também providenciaram o alojamento das populações retiradas e os meios adstritos ao Gabinete Florestal e de Proteção Civil municipal "constituíram um importante auxílio aos bombeiros".
O violento incêndio obrigou ainda à mobilização de "grande parte dos meios e recursos municipais", com destaque para uma máquina de rasto e brigadas de sapadores, assinala.