Os serviços públicos assegurados pelas lojas do cidadão deverão ser também disponibilizados no sistema Multibanco e nas boxes de televisão, anunciou esta terça-feira o secretário de Estado adjunto do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras Duarte.
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Em declarações aos jornalistas na Lousã, Feliciano Barreiras Duarte salientou a importância de "aumentar também a oferta destes serviços na rede", em cumprimento dos objetivos da modernização administrativa.
A instalação de uma loja do cidadão custa ao Estado um milhão de euros, sendo igualmente necessário apostar noutros meios de aproximar a administração pública das pessoas, defendeu.
O Governo pretende que os quiosques do cidadão, a criar com a colaboração das autarquias, a par de novas lojas, venham colmatar lacunas que ainda subsistem nesta área, em diferentes zonas do país, incluindo capitais de distrito, disse o governante.
"Um quiosque eletrónico, que disponibiliza todos os serviços das lojas, menos o cartão de cidadão, custa 35 mil euros", referiu o governante, ao realçar a necessidade de tornar a administração mais célere e mais próxima das pessoas, com redução de custos.
Em 2011, as 36 lojas do cidadão existentes realizaram "mais de 100 milhões de atendimentos", afirmou.
Para divulgar o plano do Governo no domínio da área da modernização administrativa, o secretário de Estado adjunto do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares encetou, no dia 25 de setembro, um conjunto de reuniões com autarcas de norte a sul do país.
Esta terça-feira, visitou o distrito de Coimbra, tendo realizado em Montemor-o-Velho e na Lousã reuniões de trabalho com autarcas dos concelhos que integram as comunidades intermunicipais do Baixo Mondego (CIMBM) e do Pinhal Interior Norte (CIMPIN), respetivamente.
"Decidi fazer alguma pedagogia em termos de proximidade", disse o governante na Lousã, no final de uma reunião na sede da CIMPIN.
Em novembro, ainda a tempo da próxima avaliação da 'troika' internacional, Barreiras Duarte deverá ter concluída esta ronda pelas comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas.
Nestas reuniões, têm sido explicados e debatidos programas de modernização que resultam da última avaliação da 'troika', como o "licenciamento zero", a "diretiva para as qualificações", a "diretiva serviços" e o "sistema de indústria responsável", conhecido por SIR, os quis devem estar em funcionamento até ao próximo ano.
"Esta é uma reforma que falta ao país e às autarquias e que aproxima os cidadãos dos centros de decisão", disse aos jornalistas o presidente da CIMPIM, o social-democrata João Marques, que é também presidente da Câmara de Pedrógão Grande.
Em Coimbra, Barreiras Duarte visitou também o Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes.