Há vida no universo e há 100% de possibilidades de vir a ser descoberta no prazo de 20 anos. Esta é a convicção do Instituto de Busca de Inteligência Extraterrestre, nos EUA, cujos dirigentes deslocaram-se, na passada semana, ao Congresso norte-americano para apresentar as suas conclusões.
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O diretor do Instituto de Busca de Inteligência Extraterrestre (SETI, em inglês), Dan Werthimer, e o investigador Seth Shostak afirmaram, no Congresso norte-americano, que o tempo que vai levar a fazer tal descoberta está apenas dependente do financiamento destinado à investigação nas próximas duas décadas.
"Se há umas 10 mil civilizações emitindo sinais de rádio na nossa galáxia, será necessário observar, pelo menos, uns poucos milhões de sistemas estelares para encontrar uma delas. Graças às melhorias na tecnologia usada no SETI, o instituto será capaz de o fazer nos próximos anos", referiu Shostak.
É consenso científico que a busca de vida inteligente em outros mundos deve-se concentrar naqueles planetas que orbitem a uma distância que batizaram como "zona habitável", ou seja, uma região em que a água possa permanecer no estado líquido. Os cientistas calculam que na Via Láctea há 800 milhões de estrelas. Só o telescópio espacial Kepler descobriu mais de 1700 planetas na zona habitável.
Contudo, Shostak sublinhou que a busca não se deve concentrar apenas em galáxias distantes. "Também poderíamos encontrar vida microbiana mais perto, em Marte ou numa das luas de Júpiter e Saturno, que parecem ter água, seja na superfície, seja debaixo dela".
O importante é construir o equipamento e financiar os cientistas para realizar a pesquisa. "Os métodos para encontrar vida implicam o desenvolvimento e lançamento de naves que possam perfurar a superfície de Marte, ou uma que obtenha uma amostra dos géiseres das luas Europa (de Júpiter) e Encélado (de Saturno)", explicaram aos seus interlocutores no Congresso norte-americano.