A maioria dos cibernautas portugueses (78%) tem os níveis mínimos de protecção quando navega na Internet, mas desconhece muitas das ameaças que surgem online, nomeadamente nas redes sociais, revelou um estudo de uma empresa de software.
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O estudo, "Microsoft Computing Safety Índex", envolveu mais de 11 mil pessoas de 27 países da Europa, 512 delas em Portugal, com o objectivo de avaliar se os cibernautas têm por hábito comportamentos seguros na Internet e se usam ou não as ferramentas adequadas.
Os resultados para Portugal revelam que, no global, 78% dos inquiridos, quando navegam na Internet, activam os níveis mínimos de protecção, havendo 18% que não sabem sequer tirar partido dos mecanismos básicos de protecção, e restando apenas 4% que conhecem as ameaças online e tomam as medidas necessárias para se proteger delas.
Do total dos 512 portugueses inquiridos, 83% admitiram ter instalado software anti-virus ou anti "spyware/malware", mas apenas 20% tomam precauções para esconder a sua identidade e só 30 % usam filtros "antiphishing" ou para o browser da Web.
Por outro lado, no que diz respeito às medidas para limitar a quantidade de informação pessoal online, 35% dos cibernautas admitiram alterar as suas definições de privacidade nas redes sociais e a maioria, 56%, têm o cuidado de criar "passwords" com letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos.
Quando usam a Internet, 50% dizem aceder apenas a sites seguros (https) e 40% criam nomes falsos e quando têm de pensar sobre a segurança online, 62% dizem querer saber as últimas novidades sobre como prevenir o roubo de identidade. 23%, no entanto, não tomam quaisquer medidas.
Em Portugal, dos 512 inquiridos, 31% têm entre 14 e 24 anos, 8% entre 25 e 29 anos, 22% entre 30 e 44, 21% entre 45 e 59, e apenas 17% têm mais de 60 anos.
No que diz respeito ao género, 381 são homens e 131 são mulheres.
A divulgação do estudo verifica-se na véspera do Dia da Internet Segura, que se assinala terça-feira, numa iniciativa da responsabilidade da Comissão Europeia.