Os gastos em produtos tecnológicos vão alcançar 1,1 biliões de dólares norte-americanos (842 mil milhões de euros) em termos globais em 2013, mais 4 % do que no ano passado, revela um relatório apresentado no domingo.
De acordo com o relatório da Consumer Electronics Association (CEA), associação norte-americana representante da indústria de bens de consumo eletrónicos, o aumento das despesas a nível mundial dever-se-á à procura por "tablets" e telefones inteligentes.
As previsões para o setor foram dadas a conhecer durante um evento para a imprensa, convidada a realizar a cobertura da feira CES, o certame anual mais importante da indústria da eletrónica, que começa oficialmente na terça-feira em Las Vegas, no Nevada.
O estudo, realizado pela consultora GFK em parceria com a CEA, indica ainda que o consumo de tecnologia sofreu uma contração de 1 % em 2012 face a 2011 devido aos problemas económicos que afetam a Europa e ao fraco crescimento dos Estados Unidos, os quais contrastaram com o dinamismo demonstrado pelos países emergentes, como a China.
"Em 2013 haverá uma recuperação modesta do setor", afirmou o diretor da equipa de analistas da GFK, Steve Bambridge, em declarações citadas pela agência noticiosa espanhola Efe.
Durante os próximos meses prevê-se que o mercado tecnológico cresça cerca de 9 % nos países emergentes, enquanto nas nações desenvolvidas o aumento não deverá ir além de 1 %.
Na Europa Ocidental, estima-se que o gasto em tecnologia seja similar ao verificado no ano passado, ao passo que no Japão "é provável que diminua", disse Steve Bambridge.
Nos Estados Unidos, as previsões apontam para um aumento do mercado deste setor na ordem dos 2 %, com a consultora a destacar ainda o potencial do Brasil e da Argentina no contexto na América Latina.
Os países desenvolvidos, ainda que com crescimentos estagnados, continuam a liderar as despesas em tecnologia em termos absolutos.
Cerca de 56 % das vendas de produtos tecnológicos devem ser registadas nestes mercados, contra 44 % nos países em vias de desenvolvimento.
Estima-se que as vendas de telefones móveis inteligentes, os "smartphones", gerem mais de 330 mil milhões de dólares (252781 milhões de euros) em 2013, segundo inquéritos realizados nos Estados Unidos.
O mesmo estudo indica ainda que se calcula que, este ano, 4 em cada 10 lares norte-americanos terão um "tablet", com a taxa de penetração a rondar os 55 %.