João Lopes festejou ao telefone, em direto, no programa "Somos Portugal" mas, afinal, "enganaram-se no número".
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O anúncio de um prémio de 25 mil euros em cartão, feito pela TVI a João Lopes, cidadão de Guimarães, rapidamente se tornou numa desilusão. Depois de lhe prometerem, em direto, que lhe davam o prémio, telefonaram-lhe, dias depois, a dizer que foi engano.
O caso passou-se no programa "Somos Portugal", transmitido a partir de Idanha-a-Nova no dia 5. Poucos minutos antes das 20 horas, a produção do concurso telefonou para o premiado e anunciou, em direto, que ganhou o prémio obtido através de chamadas de valor acrescentado.
Festa em direto
Do outro lado da linha estava João Lopes. O vimaranense nem queria acreditar quando Marisa Cruz, Iva Domingues e João Montez lhe disseram que tinha ganhado o prémio. "Acabou de ganhar 25 mil euros", disseram os apresentadores. "Até estou a tremer, menina", retorquiu João, na altura.
Desligada a chamada, depois da festa em direto, João Lopes começou a fazer planos para dar destino ao dinheiro. Mas o sonho durou pouco. Três dias depois, foi contactado de novo pela TVI, mas agora para lhe dizer que tudo não tinha passado de um lapso, e que o seu número tinha sido marcado por engano, por ser parecido com o do verdadeiro premiado.
"A TVI não tem registo de qualquer chamada durante o período de habilitação" do concurso, justificaram, pelo que "seria impossível" João Lopes ganhar o prémio. Os responsáveis lamentaram ainda o sucedido pois "tratou-se evidentemente de um lapso".
Por coincidência, a filha de João Lopes tinha ligado 15 dias antes para o número de valor acrescentado e o vimaranense pensou que a chamada podia ter acumulado, como acontece por vezes naquele tipo de concursos. Mas não. Era mesmo um erro e a chamada anteriormente feita não contava. "Já tinha planos para pagar o jantar à família numa festa da freguesia", queixa-se o vimaranense.
Contactada pelo JN, a TVI corroborou a resposta dada à reclamação de João Lopes.
Fonte da estação acrescenta que, em seis anos, aquele tipo de lapso nunca aconteceu e que, desta vez, deveu-se à troca de um dígito no número de telefone. O verdadeiro premiado, asseguram, já foi contactado para receber o prémio.
Fiscalização
Nestes casos, quem fiscaliza o concurso é a Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna que, segundo a TVI, mandatou um agente da PSP ao local do sorteio para assegurar a sua legalidade. O Ministério da Administração Interna está a averiguar o que se passou e remeteu para mais tarde uma resposta.
De referir que o regulamento do concurso prevê a possibilidade de falhas humanas e técnicas, mas descarta responsabilidades aos organizadores.