
Lost Frequencies
Artur Machado
A segunda noite do Marés Vivas fechou em modo "clubbing" com os Lost Frequencies, projeto do belga Felix De Laet, que tem arrebatado as pistas de dança com faixas como "Reality" e "Are you with me".
Serviu ao público uma sucessão de remisturas em ambiente "deep house," por vezes remisturas de remisturas em que se perdia o rasto autoral, noutras em que se reconheciam os dedos de Daft Punk, House of Pain ou Bomfunk Mc's. Mas ao público isso pouco interessava. Era o momento de sacudir o dia com uma dança final.
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Antes tinham atuado os Kodaline, quarteto afável de Dublin que conquistou o público com temas como "Honest", "The one", "High hopes" ou "All I want". Mas essa conquista foi conseguida também graças ao apelo constante ao fervor patriótico, que se encontra em alta por estes dias: no final de cada música, era inevitável os Kodaline exclamarem a palavra "Portugal", que imediatamente ecoava em milhares de gargantas.
Empatia não falta a estes irlandeses, e nos momentos em que se aproximavam do registo folk, com a utilização de banjo e harmónica, até conseguiam ser interessantes, mas na maior parte do tempo faltou-lhes a centelha que os fizesse evadir do terreno insosso e percorrido até à exaustão por bandas como os Keane ou os Coldplay.
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