
Igor Martins/Global Imagens
"Vamos lá, jovens, hoje é para a festa!", exclamava Zé Amaro, animando uma plateia que este domingo preencheu (quase) por completo o pavilhão Rosa Mota, no Porto. O "cowboy apaixonado" não fez distinção de idades no seu chamamento à euforia; dos oito aos 80, milhares de pessoas dançaram ao som de uma panóplia de estilos musicais.
Entre coreografias mais ou menos coordenadas e "comboios", a animação foi uma constante na festa dos 30 anos da Rádio Festival.
"Os ouvintes fiéis da Rádio Festival aderem sempre muito bem a estas propostas", contou Lara Sá, da Festival, acrescentando que o evento "é para toda a gente, para todos os gostos e idades".
Se o público mais velho regozijou com José Alberto Reis, Ágata, Florência, Marante ou o "muito esperado" Marco Paulo, a audiência mais nova preferiu os ritmos africanos da música de C4Pedro e Pérola. No entanto, ninguém se fez de esquisito - independentemente da batida, houve sempre um passo de dança novo para mostrar.
O cartaz, que apenas incluiu nomes de artistas e bandas que cantam em português, conquistou o público. Joaquina Rocha, de Ermesinde, achou " muito bem" que assim fosse, "para valorizar a música portuguesa". Essa foi, de resto, a premissa da Rádio Festival - apresentar um cartaz que erga a bandeira da lusofonia, com nomes que são uma constante nas suas emissões. As celebrações dos trinta anos da rádio não ficaram pelo Rosa Mota. Alberto Rocha, da Rádio Festival, adiantou que, no dia 9 de outubro, "a festa será celebrada com fado no Coliseu do Porto". O radialista sublinhou, ainda, "o reconhecimento" que o público dá em troca "a uma rádio de grande importância no Porto".
Da kizomba à música popular portuguesa, este domingo, tudo serviu para tirar o pé do chão.
