
Faz esta terça-feira três semanas que Pedro João Dias iniciou a fuga
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Faz esta terça-feira três semanas que Pedro João Dias iniciou a fuga e durante estes 21 dias já foi avistado mais de cem vezes, do Algarve ao Minho e no estrangeiro, obrigando as autoridades a verificar os detalhes de alertas que se revelariam todos infundados.
Desde Aguiar da Beira, Arouca e Vila Real, onde efetivamente esteve, o homem mais procurado do país já foi "visto" em inúmeros locais, tão distantes como Montalegre, Santa Maria da Feira, Marco de Canaveses, Porto, Gaia e até na Galiza, entre outros pontos de Espanha, onde recentemente o dono de um bar jurou a pés juntos ter atendido "Piloto" e um a testemunha garantiu ao JN que o teve a dois metros de distância num centro comercial.
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Um dos alertas mais inesperados veio do aeroporto da capita dinamarquesa, onde um passageiro garantiu ter visto Pedro Dias, originando um corrupio de contactos entre as autoridades policias de ambos os países de forma a confirmar a pista que, como tantas outras, veio a revelar-se infundada.
Vila Real e Arouca
Certa é a última localização de Pedro Dias, a Quinta do Portal, em Celeirós do Douro, Sabrosa, em Paço, Sabrosa, no distrito de Vila Real, que usou para passar uns dias e de onde terá furtado um jipe Land Rover. Por isso é que as autoridades continuam a acreditar que ele mantém presença num raio de 400 quilómetros quadrados à volta daquela zona, embora nesta altura as atenções estejam igualmente viradas para Arouca, onde Pedro Dias tem as suas raízes.
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Naquele local, o homem sabe quais as casas que pode ocupar sem atrair atenções e pode também tentar obter ajuda junto de amigos de longa data ou mesmo de familiares.
Após três semanas, o homem mais procurado do país continua em parte incerta, com a PJ e a GNR a redobrar esforços na tentativa de localizar o único suspeito de ter baleado os guardas de Aguiar da Beira António Ferreira, de 41 anos, Carlos Caetano, de 29, o empreiteiro Luís Pinto, 28 anos, e a mulher Liliane Mara Pinto, de 26, que ainda está a lutar pela vida no hospital.
Os militares foram baleados junto a um hotel em construção, situado numa zona que estava sob vigilância por causa de furtos. Já o casal, que seguia para uma consulta de fertilidade, foi vítima de carjacking por parte de Pedro Dias, que não quis deixar testemunhas.
Para já, a única tese plausível das autoridades para explicar o ato tresloucado reside no facto de "Piloto" ter conseguido, há semanas, a guarda da filha de dez anos, que perderia se viesse a ser detido.
