
Pedro Granadeiro/Arquivo/Global Imagens
A carteirista mais velha do país, Joaquina Gonçalves, 85 anos, conhecida por "Quina" voltou ontem a ser detida. Desta vez, foi na cidade de Amarante, onde uma patrulha da GNR a abordou, após ter recebido a queixa de uma mulher a quem tinha sido furtada a carteira.
"Quina", condenada há 15 dias a uma pena suspensa de cinco meses e que tinha sido avisada pela juíza que ia presa se voltasse a furtar, declarou ter encontrado a carteira no chão. Naquela cidade estavam a decorrer umas festas populares que atraem sempre centenas de visitantes.
A GNR contactou entretanto o Ministério Público que mandou libertar a mulher, que irá ser confrontada com as suspeitas mais tarde.
Há cerca de 15 dias, quando foi condenada, o Tribunal de Pequena Instância Criminal do Porto decidiu suspender a punição pelo período de um ano, com o aviso de que pode tornar-se efetiva a qualquer momento, se a arguida reincidir. A condenação ainda não transitou em julgado.
Joaquina Gonçalves viu ser dado como provado que no passado dia 3 de maio retirou o porta-moedas da carteira de uma mulher, de 71 anos, que assistia ao cortejo da Queima das Fitas, na Rua dos Clérigos, no Porto. Entre outros bens, o porta-moedas continha 25 euros, mas "Quina" não chegou a usufruir do dinheiro, porque foi logo intercetada por agentes da 1ª Esquadra de Investigação Criminal da PSP, que já a vigiavam há muito.
No julgamento, a arguida negou tudo, alegando que ia a passar no local quando deparou com uma "coisinha no chão, que parecia um telemóvel", e que a sua intenção era entregá-lo às autoridades. Essa versão foi desmentida pelos elementos policiais.
"Quina" já tinha no cadastro duas condenações por furto, ambas a pena de multa, nos tribunais de Tomar, em 2004 (360 euros), e Barcelos, em 2012 (300 euros). A juíza sublinhou que aquelas punições "não foram suficientes" mas entendeu suspender a pena, tendo em conta, entre outros fatores, a retaguarda familiar da idosa, que vive com dois netos.
