
Em causa está o fornecimento de bens a messes da Força Aérea.
A Polícia Judiciária deteve 12 militares (incluindo um major-general, um coronel, um tenente-coronel, um major, três capitães e cinco sargentos) e quatro empresários ligados ao ramo da comercialização de géneros alimentícios por crimes de corrupção passiva e ativa.
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O método de atuação da rede consistia na sobrefaturação de bens e matérias-primas para a confeção de refeições nas messes da Força Aérea, e posterior divisão entre os militares e os empresários do saldo relativo à diferença entre o valor da fatura original, ou seja, o valor efetivo da venda dos produtos alimentares e o valor sobre faturado ao Estado.
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No decurso da operação, em que participaram 130 elementos da Polícia Judiciária e 10 magistrados do Ministério Público, foram realizadas 36 buscas nas áreas dos distritos de Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Évora e Faro, das quais 31 domiciliárias e cinco não domiciliárias, tendo sido apreendidos documentos e material relacionado com a atividade criminosa em investigação.
Na primeira fase da operação, em novembro de 2016, foram detidos cinco homens por corrupção ativa e passiva para ato ilícito e falsificação de documentos, num "esquema fraudulento poderá ter lesado o Estado em cerca de 10 milhões de euros".
Os detidos serão presentes a tribunal, para determinação das medidas de coação.
