
A carrinha celular que transportou "Olivier da Silva" até à casa de Cláudia Jacques
O marido da relações públicas e figura do jet set Cláudia Jacques já está, desde a tarde desta quinta-feira, em prisão domiciliária sob controlo de pulseira eletrónica. Olivier ficará sujeito a esta medida até saber a decisão definitiva sobre a extradição para França, onde é procurado por burla.
Agora identificado como "Olivier da Silva", o indivíduo é suspeito de ter burlado um casal francês, residente em Bordéus, num negócio de uma casa em Vila do Conde em que atuou como representante. As vítimas ficaram sem o dinheiro e sem o imóvel que pretendiam adquirir e apresentaram queixa na Justiça francesa, que emitiu um mandado de detenção europeu.
A detenção foi executada pela Polícia Judiciária do Porto na passada terça-feira, na Exponor, aquando de uma festa da Barbie. Na quarta-feira foi interrogado no Tribunal da Relação do Porto e opôs-se à extradição, o que levou à aplicação desta medida de coação.
Cláudia Jacques aceitou receber e ficar em casa com o marido, sob vigilância de pulseira eletrónica. Caso contrário, Olivier teria de ficar numa cadeia, em prisão preventiva. Uma carrinha celular da Direção Geral dos Serviços Prisionais transportou o detido até à Rua Marechal Saldanha, no Porto.
Conforme o JN noticiou, Olivier tem vindo a utilizar, em Portugal, pelo menos cinco nomes, não se sabendo ao certo qual deles é o verdadeiro.
Atualmente identifica-se como "Oliver da Silva Figueiredo Parente". Porém, no âmbito de outros processos também por indícios de burla, as autoridades apuraram outras identidades: "Olivier Parente", "Olivier Nascimento Parente", "Jonatham Nascimento Parente" e "Oliver Parente Figueiredo". Nuns casos, apresentava-se como advogado de sucesso, noutros apresentar-se-ia como médico, em negócios de compra e venda de automóveis.
Num processo julgado em 2013 na Póvoa de Varzim - no qual foi vítima o concessionário da BMW - foi dado como provado que o indivíduo se chama "Olivier Parente Figueiredo". Neste processo, também esteve em prisão domiciliária, com controlo de pulseira eletrónica, numa altura em que ainda vivia com Sónia, que foi casada com Jorge Loureiro, filho de Valentim Loureiro, ex-autarca de Gondomar.
Já como pretenso marido de Cláudia Jacques, apresentou-se como Olivier da Silva, tendo sido protagonista de múltiplas reportagens em revistas cor de rosa, nas quais se apresenta como empresário. Há uma semana, foi capa de uma revista cor de rosa, tendo protagonizado mais uma reportagem sobre férias do casal na Tunísia.
No processo da BMW, Olivier foi condenado em maio de 2013 a quatro anos e seis meses de prisão, com pena suspensa, por burla, na forma tentada, e quatro crimes de falsificação.
