Um adolescente morreu na madrugada de quarta-feira no Estado venezuelano de Mérida, depois de ter sido ferido durante um protesto pela escassez de alimentos.
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Segundo o deputado da oposição Carlos Paparoni, da Assembleia Nacional, a morte de Jean Paul Omaña, de 17 anos, ocorreu no seguimento de assaltos a estabelecimentos comerciais em Lagunillas, naquele Estado, depois de as pessoas não terem conseguido comprar leite que as autoridades tinham colocado à venda.
Na sede do partido do governo "estranhamente" havia comida bem guardada
O político adiantou que Omaña apresentava uma ferida no pescoço causada por arma de fogo e outras causadas por disparos de chumbo feitos pela polícia.
Nos distúrbios foram atacadas sedes da empresa pública Produtora e Distribuidora Venezuelana de Alimentos (Pdval) e a do governante Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).
Paparoni denunciou que na sede do partido do governo "estranhamente" havia comida bem guardada.
O Ministério Público da Venezuela está a investigar os factos e a Procuradoria indicou, em comunicado, que o jovem morreu na manhã de quarta-feira no Hospital da Universidade de Los Andes, em Mérida.
Segundo o secretário executivo da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática, Jesus Torrealba, até ao fim da manhã de terça-feira havia registo da morte de três pessoas nos distúrbios causados pela escassez de alimentos que afeta o país.