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O arame farpado montado na cerca entre a Eslovénia e a Croácia, parar travar os refugiados, está a colocar em risco várias espécies, como ursos, linces e lobos.
A construção começou no inverno do ano passado, quando milhares de migrantes tentaram passar as fronteiras dos Balcãs para chegar a países como Alemanha ou Inglaterra.
O Governo esloveno anunciou na altura que a cerca de arame farpado iria ter 180 quilómetros de extensão e, mesmo com uma descida do número de pessoas que se arriscam a atravessar os dois países, a construção continua em curso.
O propósito da barreira é travar migrantes, mas os especialistas deixam o alerta de que não são apenas os humanos que ficam ameaçados pelo arame farpado. Centenas de animais, como ursos, linces e lobos têm ficado presos e a morrer na barreira.
Os investigadores da Universidade de Ljubljana, a capital eslovena, adiantam, citados pelo jornal inglês "The Guardian", que o Governo está a tentar fazer passar uma lei que exclua estas barreiras de controlo de fronteira de regulamentos que impliquem a preservação de espécies e a conservação da natureza e dos cursos de água.
Os investigadores dizem ainda que muitos veados têm também ficado presos no arame. Tentam desprender-se, mas morrem depois das hemorragias causadas pelos ferimentos.
Um porta-voz do Governo croata disse ao mesmo diário que, "para os animais selvagens com habitats nesta área de fronteira, este arame farpado é um obstáculo intransponível que faz com que muitos deles morram ou fiquem feridos todos os dias".
