
Jean-Paul Pelissier/REUTERS
O inquérito parlamentar francês aos atentados de Paris de novembro de 2015 concluiu que o estado de emergência decretado após os atentados de 13 de novembro em Paris tem "impacto limitado" na segurança do país.
"O estado de emergência teve um efeito, mas parece ter diminuído rapidamente", disse esta terça-feira o relator da comissão de inquérito aos atentados, o deputado socialista Sébastien Pietrasanta, referindo-se à medida adotada a 13 de novembro de 2015 e que ainda se mantém em vigor.
Ainda hoje, entre seis mil e sete mil militares franceses estão mobilizados ao abrigo do estado de emergência, para proteger escolas, sinagogas, centros comerciais e outros locais.
"Interrogo-me sobre a mais-valia para a segurança nacional", disse o deputado, na apresentação das conclusões da comissão de inquérito.
Os atentados de 13 de novembro, cometidos numa sala de concertos, esplanadas de bares e restaurantes e junto a um estádio de futebol fizeram 130 mortos e centenas de feridos.
Os ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Agência antiterrorismo
A comissão parlamentar francesa recomendou a fusão dos serviços de informação do país numa única agência nacional.
"Diante da ameaça do terrorismo internacional, precisamos ser muito mais ambicioso em termos de informação", disse o presidente da comissão de inquérito, Georges Fenech, recomendando a criação de "uma agência nacional antiterrorismo".
