O número de vítimas mortais na sequência da passagem do furacão Irma na parte francesa da ilha de Saint-Martin, nas Antilhas Pequenas, subiu para oito.
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O responsável pelo departamento de proteção civil, Vicent Boichard, adiantou ainda que o balanço provisório aponta para oito mortos e 23 feridos.
A parte francesa da ilha franco-holandesa Saint-Martin ficou "95% destruída" com a passagem do Irma, disse na quarta-feira à noite o presidente do conselho territorial local, Daniel Gibbs.
Em Saint-Martin, na parte francesa, trabalham e residem milhares de portugueses. A ilha ficou sem eletricidade, água ou telecomunicações.
Em Portugal, há muitas famílias que procuram informações sobre os familiares retidos na ilha. Caso de Christina Silva, de S. Mamede de Infesta, que está sem notícias dos filhos desde terça-feira. "É um desespero", disse, esta quinta-feira de manhã ao JN.
Mata Teixeira, de Castelo de Paiva, está sem notícias da irmã, do cunhado e do sobrinho. "Estou com muito medo, só vejo destruição nas imagens", disse ao JN.
As equipas de socorro vão sair para o terreno em Saint-Martin a partir das 6 horas da manhã (11 horas em Portugal continental).
O furacão Irma regista ventos sustentáveis de 295 quilómetros por hora e mantém-se como um ciclone de categoria 5, a máxima na escala Saffir-Simpson.
O Irma atingiu as Caraíbas, deixando a ilha de Barbuda "totalmente devastada". O furacão deixou para trás a ilha de Porto Rico e ameaça agora o noroeste da República Dominicana com ventos até 290 quilómetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões de Estados Unidos.
De acordo com o Centro, "o olho do Irma deverá chegar à República Dominicana esta quarta-feira, passará mais tarde perto das Ilhas Turcas e Caicos, de onde foram retirados quatro portugueses, e no sudeste das Bahamas à noite.
Três furacões estão a progredir em simultâneo no Oceano Atlântico, depois das tempestades José e Katia passarem a esta categoria, juntando-se assim ao Irma, que se desenvolve na categoria máxima, de 5, segundo o Centro norte-americano de Furacões.
Entretanto, Cuba iniciou a retirada de mais de 36 mil turistas estrangeiros atualmente de férias na costa norte oriental e central, a mais ameaçada pelo furacão Irma, que se deve começar a sentir na ilha na sexta-feira, seguindo depois para o estado norte-americano da Florida.