
Presidente da FIFA garante que não cometeu nenhuma irregularidade
Reuters
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, negou hoje ter cometido "qualquer ilegalidade" enquanto antigo responsável jurídico da UEFA, no âmbito da assinatura de um contrato duvidoso com uma sociedade 'offshore' de cedência de direitos televisivos.
"Pessoalmente, nunca tive nenhum contacto com a empresa 'Cross Trading' nem com os seus proprietários, já que o processo foi conduzido por uma empresa de 'marketing' em nome da UEFA. Estou consternado, nada sugere que qualquer ilegalidade tenha sido cometida por mim ou pela UEFA e não aceitarei que a minha integridade seja posta em causa. Tanto mais que a UEFA já deu a conhecer todos os pormenores relativos a estes contratos", afirmou, em comunicado.
Não aceitarei que a minha integridade seja posta em causa.
De acordo com alguns títulos da imprensa europeia, citando os designados "Papéis do Panamá", Gianni Infantino terá intermediado enquanto dirigente da UEFA um negócio de cedência de direitos televisivos com uma sociedade 'offshore', por um montante bastante abaixo dos valores de mercado.
http://www.jn.pt/mundo/interior/presidente-da-fifa-apontado-na-negociacao-de-contratos-suspeitos-5112183.html
De acordo com a imprensa, o recém-eleito presidente da FIFA assinou em 2006 e 2007, enquanto responsável do departamento jurídico da UEFA, contratos de cedência de direitos televisivos relativos a três temporadas da Liga dos Campeões.
Os contratos terão sido assinados com a empresa 'Cross Trading', dos empresários argentinos Hugo e Mariano Jinkins, que alegadamente compraram os direitos televisivos por 111 mil dólares (cerca de 97,5 mil euros) e os revenderam por mais de 311 mil dólares (273 mil euros).
Os dois empresários são acusados pela justiça norte-americana de subornos no quadro do escândalo de corrupção que abalou o organismo máximo do futebol mundial.
