A Polícia Metropolitana de Londres revelou que o incêndio que consumiu um prédio habitacional de 27 andares, em Londres causou pelo menos doze mortos.
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O fogo que destruiu um prédio em Londres causou pelo menos doze mortos e 68 feridos, 18 dos quais em estado grave.
"Posso confirmar que há doze mortos neste momento, mas este número vai certamente aumentar", disse o comandante da Polícia Metropolitana de Londres, Stuart Cundy.
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Os bombeiros já conseguiram entrar no edifício e estão a proceder a buscas sistemáticas à procura de sobreviventes.
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O Serviço de Ambulâncias de Londres revelou, em comunicado, que "socorreu e transportou transportou 64 pessoas para seis hospitais" de Londres. "Destes, 20 eram feridos muito graves", acrescentou. Dez feridos foram para as unidades de saúde pelos próprios meios. A maior parte dos feridos estavam a ser tratados a lesões e inalação de fumo.
No prédio, de 120 apartamentos, viviam três famílias de origem portuguesa, entre os cerca de 600 residentes da torre Grenfell. Uma das famílias escapou por pouco ao incêndio: as duas crianças ficaram feridas com gravidade, mas estão livres de perigo. Os pais também precisaram de assistência médica.
Outros portugueses, que moram perto do prédio que ardeu, contaram o caos que se viveu durante a madrugada e a manhã desta quarta-feira.
O incêndio, de grandes dimensões, deflagrou às 1.15 horas, quando a maioria das pessoas estaria a dormir, na torre Grenfell, numa zona próxima de Notting Hill.
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"É com muita tristeza que posso confirmar que há um número indeterminado de mortos. Não posso dar números exatos neste momento, devido ao tamanho e complexidade do incêndio neste edifício, e seria errado para mim especular sobre isso neste momento", disse a comissária dos bombeiros de Londres, Dany Cotton, horas antes de serem confirmadas as primeiras vítimas mortais.
"Igualmente, as causas deste incêndio não são possíveis de determinar neste momento", acrescentam os bombeiros de Londres. "Estamos a trabalhar de perto com os nossos colegas do Serviço de Ambulâncias de Londres e com a Polícia Metropolitana para controlar esta situação", sustentou Dany Cotton.
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O comandante Stuart Cundy, da polícia metropolitana de Londres, disse que "todos os serviços de emergência e outras agências continuam a trabalhar juntas no local do incêndio" e considerou que será prematuro aventar as causas do incêndio neste momento.
O responsável adiantou ainda que "foi colocado um cordão de segurança nas imediações e alguns residentes de prédios da zona foram retirados por precaução".
"A autoestrada 40 foi encerrada nos dois sentidos. Pedimos por favor às pessoas que se mantenham afastadas da zona", disse.
A comissária dos bombeiros de Londres disse que receberam o alerta às 0.54 horas e que "as primeiras equipas chegaram ao local em seis minutos". Segundo Dany Cotton, "bombeiros usando equipamento respiratório trabalharam em condições extremamente difíceis para resgatar pessoas e controlar as chamas".
"Com base no nível de recursos que foi preciso alocar, este fogo foi declarado um incidente de maior gravidade às primeiras horas da manhã", acrescentou a comissária dos bombeiros de Londres.
Em comunicado, o Serviço de Ambulâncias de Londres confirmou o transporte de "30 pacientes para cinco hospitais de Londres após o incidente em Lancaster West Estate". Número entretanto atualizado para 50, em novo comunicado.
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O incêndio espalhou destroços por vários locais. Há receios de que o prédio possa ruir, em face dos danos causados pelas chamas.
As chamas estão a ser combatidas por 200 bombeiros e 40 veículos, disseram à agência Efe fontes da Brigada de Bombeiros da capital britânica.