Inês Alves perdeu tudo no incêndio que atingiu na quarta-feira a Torre Grenfell, em Londres. Na manhã seguinte, a jovem portuguesa fez questão de ir à escola fazer um exame nacional.
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Inês Alves faz parte de uma das quatro famílias portuguesas afetadas pelo incêndio que provocou pelo menos 17 vítimas mortais, esta quarta-feira, num apartamento em Londres.
A jovem de 16 anos, que vivia no 13º piso, conseguiu escapar ao incêndio quando o pai, Miguel Alves, alertou a família para o incêndio quando chegava a casa do trabalho.
"A minha reação foi sair do elevador, mandar a minha esposa para fora do prédio e subir a casa buscar o meu filho e a minha filha e trazê-los em segurança para baixo", contou o pai de Inês à Lusa.
Em declarações ao jornal britânico "The Guardian", Inês contou que na manhã seguinte ainda foi fazer o exame nacional de matemática. "Mas falhei o exame de História", concluiu a jovem.
Inês revelou ainda ao mesmo jornal que os bombeiros, numa primeira fase, pediram à sua mãe para ficar dentro do prédio. "Obviamente que eles não previam que o incêndio tomasse estas proporções", rematou.
O pai da jovem contou que, quando chegou à rua, percebeu que o fogo já estava a sair pelas janelas do 4.º andar.
"Quando desci, a situação ainda não era assim tão grave. Por isso, questiono porque é que as autoridades não deram o alarme imediatamente, uma vez que já estavam no local quando desci à rua", contou.
Miguel Alves adiantou também que o prédio pertence à autarquia e que há poucos meses recebeu queixas sobre a segurança no edifício.
Entretanto foi lançada uma campanha de financiamento na internet (corwdfunding) para ajudar a família de Inês.