"Inocente" foi o veredicto final de um tribunal da Flórida, nos Estados Unidos, naquele que é considerado por muitos "o julgamento da década". Casey Anthony foi absolvida do assassinato da filha de apenas dois anos e, entretanto, condenada a quatro anos de cadeia por ter mentido ao tribunal.
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A história remonta ao ano de 2008 quando Casey Anthony, de 25 anos, foi acusada de assassinar a filha, Caylee Marie Anthony, de apenas dois anos de idade. Caso a sua culpa fosse comprovada, Casey poderia ser condenada à pena de morte.
Inicialmente a acusação alegava que Casey teria asfixiado a filha ao tapar-lhe a boca e o nariz com fita adesiva. Depois da menina ser assassinada, Casey terá andado vários dias com o corpo na bagageira do carro, tendo acabado por abandoná-lo num bosque.
Casey sempre reclamou inocência e tentou contrariar a versão defendida pela acusação, mas o seu testemunho revelou, ao longo do processo, várias incoerências. Inicialmente disse que Caylee havia sido raptada pela ama, depois alterou o testemunho e revelou que a menina se tinha afogado acidentalmente na piscina de casa.
Os advogados de Casey apoiaram-se na teoria de que a mãe e o pai da menina, George Anthony, entraram em pânico e, que por esse motivo, não revelaram a verdade logo no início. Contudo, George Anthohy sempre negou esta versão dos acontecimentos.
O corpo de Caylee só foi descoberto seis meses após o seu desaparecimento e encontrava-se em avançado estado de decomposição, pelo que o Instituto de Medicina Legal não conseguiu tirar uma conclusão que revelasse qual a causa da morte da criança.
O tribunal decidiu, esta terça-feira, absolver Casey da acusação de homicídio, uma vez que a morte da menina foi considerada acidente. O veredicto final foi recebido com muita emoção e lágrimas por Casey Anthony.
No entanto, a protagonista do "julgamento do século" nos EUA foi condenada, esta quinta-feira, a quatro anos de cadeia por ter mentido ao tribunal.
O caso despertou um forte interesse mediático, tendo-se tornado na notícia mais acompanhada nos meios de comunicação social norte-americanos.