
Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria
Kacper Pempel/Reuters
O governo húngaro prolongou por mais seis meses o "estado de crise por imigração massiva" que estabeleceu em setembro de 2015, argumentando que aumentou o perigo terrorista na Europa, devido à chegada de estrangeiros.
"Este verão ficou demonstrado que na Europa cresceu o risco de terrorismo devido à imigração massiva, pelo que é necessário um controlo severo das fronteiras para garantir a segurança dos húngaros", disse o porta-voz governamental, Zoltán Kovacs, em comunicado.
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O estado de crise pela imigração massiva foi introduzido no auge da passagem pela Hungria de centenas de milhar de refugiados que se dirigiam da Ásia e do Médio Oriente para a Europa ocidental.
O estado de crise, em vigor agora até 7 de março de 2018, pode ser prolongado indefinidamente por períodos de seis meses. Sob a sua aplicação, o governo pode, entre outras prerrogativas, intensificar os controlos fronteiriços e ordenar ao Exército que assuma tarefas de registo dos requerentes de asilo.
Desde que no outono de 2015 a Hungria instalou barreiras nas fronteiras sul, o número de refugiados que entravam no país caiu de milhares por dia a praticamente nenhum.
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O governo do conservador Viktor Orbán também elaborou leis para deter os requerentes de asilo e no seu discurso político relaciona os refugiados com o terrorismo.
A Hungria rejeita o sistema de recolocação de refugiados elaborado pela Comissão Europeia, que em julho passado iniciou um procedimento de infração contra este país, a Polónia e a República Checa, por não acolherem requerentes de asilo.
