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O parlamento venezuelano, onde a oposição tem maioria, rejeitou na terça-feira o estado de exceção e de emergência económica decretado pelo presidente Nicolas Maduro.
Os deputados, que votaram de braço no ar, consideraram que o estado de exceção "aprofunda a grave alteração da ordem constitucional e democrática que a Venezuela sofre".
Para os deputados, Nicolas Maduro ignorou a constituição do país ao declarar, na segunda-feira, o "estado de exceção e de emergência económica" em todo o país, por 60 dias.
No decreto que estabelece o estado de emergência, o governo da Venezuela aumenta os seus poderes sobre a segurança, distribuição de alimentos e energia.
Numa conferência de imprensa realizada na terça-feira, Nicolas Maduro afirmou que "é uma questão de tempo" para que o parlamento venezuelano "desapareça", por estar desligado dos interesses do país.
"A Assembleia Nacional está desligada dos interesses nacionais. Tenho a certeza de que [os parlamentares] vão negar o decreto, porque querem acabar com a vida económica do país, para chegar, com um tapete vermelho a Miraflores", frisou.
Entretanto, um dos principais líderes da oposição venezuelana pediu ao exército do país para escolher entre a constituição e o presidente Nicolas Maduro.
